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domingo, 2 de fevereiro de 2020

Moringa ou acácia-branca



Moringa ou acácia-branca  

 Acacia é um antigo nome para um grupo de leguminosas (mesma família do feijão, soja, ervilha, amendoim etc.) que foi recentemente dividido em cinco novos gêneros. Dois destes - Senegalia e Vachellia - são os únicos com ocorrência registrada para o Brasil. Senegalia é o mais numeroso, com cerca de 52 espécies no Brasil (Morim & Barros 2010), enquanto Vachellia possui apenas duas espécies, uma delas antigamente tratada por Acacia farnesiana, de ampla distribuição pelo mundo, mas provavelmente originária da América tropical.
Moringa oleifera (ou Moringa moringa, (L.) Millsp. e Moringa pterygosperma, Gaertner) é uma planta da família das Moringáceas, mais conhecida simplesmente por Moringa, ainda que seja também vulgarmente designada como acácia-branca, árvore-rabanete-de-cavalo, cedro, moringueiro e quiabo-de-quina. Em Cabo Verde é conhecida como akásia-branka; em Timor, como morangue e na Índia como moxingo. É a espécie do seu género mais cultivada. As folhas e vagems são utilizadas na alimentação humana. A árvore em si não é muito robusta, mas desenvolve ramos que crescem até cerca de 10 m de comprimento. Sua principal riqueza está no altíssimo valor nutricional das suas folhas e frutos.

Cultivo
Cresce principalmente em áreas semi-áridas tropicais e subtropicais. Sendo o seu habitat preferencial o solo seco e arenoso, tolera solos pobres, como em áreas costeiras. Suas mudas são obtidas através de semeadura ou estaquia de ramos com mais de 20cm. No cultivo em larga escala, seu tronco é submetido a podas regulares de forma que sua altura não ultrapasse cerca de um metro e meio, visando facilitar a colheita das folhas.
Seu crescimento é extremamente rápido, atingindo o porte arbóreo já nos primeiros meses após a semeadura. A produção de sementes se inicia no primeiro ano.
Aparentemente, é nativa dos sopés montanhosos meridionais dos Himalaias (Noroeste da Índia). Hoje, o seu cultivo estende-se a África, à América Central e América do Sul, Sri Lanka, Índia, México, Malásia e nas Filipinas.

Utilizações
Considerada como uma das árvores cultivadas mais úteis para o ser humano, praticamente todas as suas partes podem ser utilizadas para diversos fins. Nos trópicos, a sua folhagem é usada como forragem para animais. As suas sementes, oleosas, são utilizadas para a produção do óleo de Ben (ou Bem), usado em pintura artística. São cápsulas arredondadas e com três asas equidistantes. As folhas são bipenadas. As flores são amarelo-pálidas e relativamente grandes. A sua polinização é efectuada por pássaros e insetos. A madeira é usada na produção de papel e de fibras têxteis. As raízes são consideradas abortivas.

 Valor nutricional 
A Moringa oleifera contêm mais de 92 nutrientes e 46 tipos de antioxidantes, além de 36 substâncias anti-inflamatórias e 18 aminoácidos, inclusive os 9 aminoácidos essenciais que não são fabricados pelo corpo humano. As folhas frescas contém nutrientes na seguinte proporção: 
Sete vezes mais vitamina C que a laranja; Quatro vezes mais cálcio que o leite; Quatro vezes mais vitamina A que a cenoura; Três vezes mais potássio que a banana; Duas vezes mais proteína que o leite (cerca de 27% de proteína, equivalente à carne do boi); Mais ferro que o espinafre; Vitaminas presentes: A, B (tiamina, riboflavina, niacina), C, E, e beta caroteno. Minerais presentes: Fósforo, Ferro, Selênio e Zinco. 


quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Manejo da Cultura da Acácia-negra



Manutenção

Um bom povoamento de acácia-negra além de ser um reflexo de um bom sítio, associado a uma muda de boa qualidade, depende de uma boa manutenção no que concerne ao controle de plantas daninhas, pragas, doenças bem como de uma boa adubação que permita um bom estado nutricional às plantas.

Manejo

Podas de formação e/ou condução

Não requer podas de formação e/ou condução uma vez que até estes dias não tem sido cultivada para a produção de madeira serrada, e apresenta razoável queda natural da galhada.

Desbaste

É recomendável principalmente nas áreas em revegetação por fogo, para reduzir a densidade populacional e obter troncos de maior diâmetro. 
Em plantios de mudas de torrão recomenda-se o raleio, uma vez que tradicionalmente os viveiristas costumam fornecer torrões com duas mudas cada. 
Normalmente este raleio é feito dos 12 aos 18 meses, principalmente depois do primeiro verão após plantio, que é o período de maior dano da ação do cascudo-serrador.

Colheita e pós-colheita

Planejamento da Colheita

Recomenda-se o empilhamento das toras em nível, o que é facilitado quando o plantio também foi efetuado em nível. Desta forma, é possível reduzir a erosão durante a fase mais crítica, que vai do corte raso até o primeiro ano pós-plantio, ou a cobertura total do solo.

Sistemas de colheita

Normalmente a retirada da casca da planta é realizada com a árvore ainda em pé, procedendo-se na seqüência o corte. Os pequenos agricultores normalmente realizam o corte nos meses de junho e julho, devido a menor demanda de mão-de-obra na agricultura.

Estocagem da produção

A preferência da colheita no inverno também é motivada pela necessidade de entrega das cascas na indústria no menor prazo possível, em relação a qualidade do tanino a ser produzido. A colheita no inverno, época de temperaturas mais baixas, ameniza o efeito do tempo transcorrido entre a colheita e a entrega das cascas.

Sistemas agroflorestais

Sistemas agroflorestais existentes e bem sucedidos

Inúmeros consórcios tem sido relatados da acácia-negra com cultivos agrícolas no primeiro ano de plantio, principalmente na pequena propriedade no Rio Grande do Sul, como milho, mandioca, melancia e fumo, dependendo da região (Granja, 1979).
Em áreas de maior declividade, pouco recomendáveis para o uso com cultivos agrícolas, plantios de  acácia-negra tem sido usados em rotações com cultivos de batata, principalmente. A acácia-negra se beneficia da adubação usada nos cultivos agrícolas e pode atingir desenvolvimento esperado no sétimo ano em prazos menores, reduzindo o ciclo. 
Dois aspectos são importantes, há relatos de agricultores relacionando o desenvolvimento mais rápido da acácia-negra com o aumento da incidência de gomose e não se tem estudos da densidade básica que é atingida nestes cortes com menor idade das plantas.

Descrição sucinta dos sistemas

O consórcio com milho, mandioca e fumo é mais comum em áreas de revegetação pelo fogo, em que o plantio da cultura agrícola é efetuado imediatamente após o fogo, normalmente nos meses de agosto e setembro. No consórcio com melancia, também a acácia-negra é plantada por mudas na mesma época do plantio da melancia. Em ambos os consórcios, ele é efetuado apenas no primeiro ano. É comum também a ocupação das áreas de plantio em larga escala com gado, no terceiro ano após o plantio da acácia-negra, para aproveitamento principalmente das áreas ao longo das estradas e aceiros.

Coeficientes técnicos e custos

Na Tabela 1, são apresentados os coeficientes técnicos, custos, produtividade na forma de casca e madeira e o valor da produção da acácia-negra. Esse conjunto de informações pode servir de indicador para que técnicos e produtores calculem os respectivos custos e renda de acordo com o nível tecnológico e/ou a participação dos diversos componentes usados nos diferentes sistemas de cultivo em cada propriedade rural.

Tabela 1. Coeficientes técnicos, custos, produtividade e valor da produção da acácia-negra (valores em R$ referentes ao primeiro semestre de 2002/ha).
Variáveis
Unidade
Valor unit.
Ano 1
Ano 2
Ano 3
Ano 5
Ano 7


(R$)
Qde.
Total
Qde.
Total
Qde.
Total
Qde.
Total
Qde.
Total













1. Mecanização












. Roçada
Hora.trator
II
2,5
62,50
---
---
---
---
---
---
---
---
. Subsolagem
Hora.trator
II
3
75,00








. Gradeação
Hora.trator
II
1
25,00
---
---
---
---
---
---
---
---
. Carreta/motossera
St.
2,00
---
---
---
---
---
---
---
---
180
360,00
Sub total 1
---
---
6,5
162,50
---
---
---
---
---
---
180
360,00













2. Insumos












. Formicidas
kg.
7,00
3
21,00
1
7,00
1
7,00
---
---
---
---
. Mudas
ud.
0,04
2.222
88,88
---
---
---
---
---
---
---
---
. Herbicidas
Kg/l
18,00
3
54,00
---
---
---
---
---
---
---
---
. N-P-K (4-30.10)
kg
0,60
100
60,00
---
---
---
---
---
---
---
---
Sub total 2
---
---
---
223,88
1
7,00
1
7,00
---
---
---
---













3. Mão-de-obra
Homem.dia
15,00










. Combate as formigas
Homem.dia
15,00
0,5
7,50
0,5
7,5
0,5
7,5
---
---
---
---
. Adubação
Homem.dia
15,00
2
30,00
--
---
---
---
---
---
---
---
. Plantio
Homem.dia
15,00
2
30,00
---
---
---
---
--
---
---
---
. Capina manual
Homem.dia
15,00
2
30,00
2
30,00
---
---
---
---
---
---
. Controle de serrador
Homem.dia
15,00
---
---
0,50
7,50
0,5
7,50
0,5
7,50
---
---
. Descascamento
Homem.dia
15,00
---
---
---
---
---
---
---
---
50
750,00
. Abate e corte
Homem.dia
15,00
---
---
---
---
---
---
---
---
8
120,00
. Baldeio
Homem.dia
15,00
---
---
---
---
---
---
---
---
10
150,00
Sub total 3
Homem.dia
15,00
6,5
97,50
3
45,00
1
15,00
0,5
7,50
68
1.020,00
4. Custo total (1+2+3)
---
---
---
483,88
---
45,00
---
22,00
---
7,50
---
1.380,00













5. Produtividade












. Madeira
st.
30,00
---
---
---
---
---
---
---
---
180
5.400,00
. Casca
T
115,00
---
---
---
---
---
---
---
---
15
1.725,00
. Valor da produção
R$
---
---
---
---
---
---
---
---
---
---
7.125,00
Observação: nos anos 4 e 6 também é realizado o controle do serrador.

Mercados e comercialização

Principais compradores internos e externos

Madeira
Destinada a consumidores de lenha para energia, produção de carvão e exportação de cavacos para celulose, principalmente, para o Japão.
Tanino
Cerca de 60% da produção é destinada ao mercado interno para os setores de curtumes, adesivos, petrolífero, de borrachas, etc. O restante 40% é exportado para mais de 50 países. 
Vale ressaltar que os únicos produtores e exportadores de tanino são a África do Sul, Brasil, Chile e China.

Preços históricos

  1. Casca: Ano de 2000 R$60,00/t; ano de 2001 R$72,00/t e ano de 2002 R$115,00/t.
  2. Madeira: Ano de 2000 R$20,00/estéreo; ano de 2001 R$23,00/estéreo e ano de 2002 R$30,00/estéreo.

Canais de comercialização 

  1. Casca: do produtor diretamente com as três empresas extratoras do tanino na região ou produtor - agente de comercialização - empresas produtoras de tanino.
  2. Madeira: Produtor para consumidores e empresas ou produtor para agentes de comercialização - empresas - mercado regional e exportação.

Rentabilidade econômica

A acácia-negra apesar de apresentar produção com sete anos da implantação, é uma atividade que apresenta uma excelente rentabilidade. A Taxa Interna de Retorno (TIR) alcança a 49,21%. 
Considerando-se uma taxa de juros de 8,75% ao ano sobre o investimento após sete anos apresenta um Valor Presente Líquido (VPL) de R$ 2. 967,50 por hectare e um Valor Presente Líquido Anual de R$ 584,68 por hectare.
É importante ressaltar que os produtores que plantarem culturas anuais como feijão, milho, melancia, mandioca, etc. nas entrelinhas nos três primeiros anos do plantio da acácia, após esse período liberam a área para a pastagem do gado que se alimenta da vegetação do sub-bosque (Mora, 2002). 
Portanto, a rentabilidade econômica da acácia pode ser ainda maior do que os indicadores econômicos apresentados.


quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Implantação da Cultura da Acácia-negra


Coleta ou aquisição de sementes ou mudas  

A cultura da acácia permite, pela suas características, o plantio com sementes e o plantio com mudas. Há uma terceira maneira de formar uma floresta em áreas anteriormente cultivadas com acácia-negra, pela queima dos resíduos florestais provocando choque térmico nas sementes caídas no solo, estimulando a sua germinação. A acácia-negra floresce (Figura 1) de julho a outubro, sendo que os frutos (Figura 2) amadurecem de novembro a janeiro.
Foto: Antonio R. HigaTo
Figura 1. Flor de acácia-negra. 
Foto: Antonio R. HigaTo
Figura 2. Fruto de acácia-negra.
Desde a introdução desta espécie no País, a coleta tem sido realizada em formigueiros, uma vez que as formigas após retirarem parte do arilo da semente de acácia, depositam estas sementes na lixeira, armazenando até 3kg por formigueiro. Os muitos viveiristas espalhados principalmente no Rio Grande do Sul, ainda usam desta prática para a obtenção de sementes para as mudas que comercializam.

Produção de sementes 

Nas empresas de produção tanino se pode obter mudas com base em material que já passou por uma seleção e/ou melhoramento, sendo portanto de melhor qualidade e permitindo obter uma floresta mais produtiva e uniforme. Há ainda a possibilidade da importação de sementes da África do Sul e/ou da Austrália.
Por volta de quatro anos produz abundantemente, mas como se trata de semente muito pequena, é trabalhosa a coleta das sementes, daí porque se recorre aos formigueiros.

Produção de mudas

A semente apresenta um tegumento impermeável, sendo necessária a quebra de dormência para efetuar a semeadura. Isso é feito colocando-as em água fervente por um período de 4 a 10 minutos.
Os viveiristas que mais comercializam mudas de acácia-negra costumam produzi-las em torrão ou laminado e, apenas nas empresas produtoras de tanino recentemente começa-se a produção de mudas em tubetes.

Preparo de área

Quando a implantação se der por mudas, devem ser consideradas as diferentes situações em que o plantio está sendo efetuado para tomar uma decisão sobre o preparo da área. De forma geral, pelo seu sistema radicular superficial, a acácia-negra não necessita de área preparada intensivamente. Em áreas que estavam sendo utilizadas com cultivos agrícolas, a possibilidade de formação de uma camada compactada no solo é muito grande.
Desta forma recomenda-se, pelo menos na linha de plantio, o uso de subsolador em profundidade suficiente para romper a camada compactada. O mesmo procedimento pode ser adotado em áreas de solos muito pedregosos na superfície e que apresenta uma profundidade de solo acima de 50 cm.
Em áreas que estavam sendo utilizadas com pastagem, a profundidade de preparo pode ser reduzida, uma vez que há a necessidade de rompimento da compactação superficial formada pelo pisoteio. Nestes casos, o mais importante é o controle das gramíneas , no primeiro ano de plantio, seja por uso de herbicidas ou pelo revolvimento do solo.
Dedecek et al. (1998), não encontraram diferença de crescimento em acácia-negra plantada em área de pastagem natural preparada com subsolador na linha de plantio ou abertura de covas manual. Em área de plantio de segundo ciclo de acácia-negra, que não tenha sido compactada pela colheita mecanizada e/ou pelo baldeio mecanizado da madeira, não há necessidade de preparo do solo.
Quando a implantação da acácia-negra esteja sendo realizada por sementes, as mesmas situações descritas acima devem ser observadas, mas neste caso é possível a semeadura direta. Neste caso, máquinas para realização da semeadura direta estão sendo usadas e mesmo a abertura manual ou mecânica de covas permite a implantação.
Na implantação por regeneração natural, seja com ou sem fogo, não há necessidade de preparo do solo, tanto para a acácia-negra como para o cultivo anual em consórcio no primeiro ano de plantio.

Plantio

O espaçamento usado em plantios comerciais varia entre 3,0m x 1,33m e 3,0m x 1,66m, correspondendo a uma densidade de 2500 a 2000 árvores/ha, respectivamente. Segundo Oliveira (1968), neste espaçamento eram colhidas 1200 árvores com DAP maior que 7 cm. No entanto, em minifúndios os proprietários mantém de 2500 a 3000 mudas por hectare.

Época de plantio

As plantações de acácia-negra não toleram geadas fortes e intensas e nem período de estiagem prolongada, principalmente, no ano de implantação, segundo Tonietto ; Stein (1997), reportando-se às condições ambientais do Rio Grande do Sul.

Técnicas de plantio

O plantio da acácia-negra pode ser realizado de três formas: regeneração natural, semeadura direta e com mudas produzidas em viveiro (Tonietto; Stein, 1997). O crescimento inicial das árvores no primeiro ano de plantio quando efetuado com mudas é superior às demais formas de plantio.
A regeneração natural é possível em áreas cultivadas anteriormente com esta espécie, pela queima dos resíduos da colheita, que provoca a quebra da dormência das sementes caídas no solo. A exposição do terreno ao sol, livre dos resíduos da colheita, também possibilita a regeneração natural, que normalmente é mais lenta e não tão intensa com pela queima dos resíduos.
Na semeadura direta, as sementes tem sua dormência quebrada anteriormente e podem ser semeadas em covas a intervalos fixos ou em linhas numa profundidade de 5 cm. Já se utiliza o plantio mecanizado por semeadura direta, de forma semelhante ao que é feito nos cultivos agrícolas de milho, soja e trigo por exemplo.

Adubação de plantio

Como leguminosa, a acácia-negra está entre as 50 melhores espécies arbóreas fixadoras de nitrogênio, mas requer o fornecimento de fósforo para seu rápido crescimento. Em plantios comerciais, a adubação de 50 gramas de NPK (5:30:15) por cova tem sido muito usada somente no primeiro ano.
De acordo com o "Institute for Commercial Forestry Research-ICFR", da África do Sul (ICFR, 1991), a aplicação de superfostato e cloreto de potássio no plantio de acácia-negra proporcionou um aumento de ate 7 t de casca e 60m3 de madeira por hectare. Num estudo que vem sendo desenvolvido no Município de Paverama , Rio Grande do Sul, o tratamento com adição de 15g super triplo + 45g de KCL, com  relação P/K 1:3 , demonstraram o maior incremento em altura, sendo 12,7% superior a testemunha e 8,3% superior ao tratamento com adição de 25g super triplo + 45g KCl, denotando, inicialmente, que a planta não responde à níveis muito elevados de potássio, assim como deve ser mantido  o equilíbrio da relação P/K (Keil et al., 1998). Dunlop; Goodricke (2000) recomendam, para plantios na África do Sul, a utilização de fósforo e potássio em solos derivados de arenito e para os demais solos somente a adubação fosfatada.
De modo geral, a manutenção dos resíduos na superfície do solo permite devolver mais nutrientes do que é retirado com a exploração da madeira e casca. Alguns macronutrientes ficaram muito próximos do limite ou tiveram devolução menor do que a retirada, principalmente nos solos mais produtivos, que é o caso do cálcio e magnésio. 
Normalmente nos solos estudados, estes nutrientes ocorrem em baixos teores e a acidez é elevada, dificultando a sua disponibilidade para as plantas (Rachwal et al.; 2001). Para Pereira et al. (1999), com a retirada da madeira e da casca na idade de colheita, os nutrientes mais exportados foram nitrogênio, cálcio e magnésio.
Deve-se salientar que a quantidade de nutrientes devolvidos ao solo, pressupõem a não retirada dos resíduos e ou não queima deles. A queima dos resíduos é uma prática comum para os pequenos agricultores, e é problemática porque os galhos servem de local para a reprodução da principal praga que ataca a acácia-negra, que é o cascudo-serrador. Desta forma, as fertilizações nesta espécie florestal além de considerar os solos e a sua litologia, devem, para manter a sustentabilidade, levar em conta a impossibilidade de retorno dos resíduos.


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