terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Cultura do Centeio (Resumo)



Secale cereale é uma espécie de planta com flor pertencente à família Poaceae.

A autoridade científica da espécie é de Lineu, tendo sido publicada em Species Plantarum 1: 84. 1753.

O seu nome comum é centeio.

É uma gramínea cultivada em grande escala para colheita de grãos e forragem. Tem parentesco com o trigo e a cevada.

O grão de centeio é utilizado para fazer farinha, ração, cerveja, alguns tipos de whisky e grande parte das vodcas, além de ser muito utilizado na produção de pão de centeio. O centeio é plantado, sozinho ou misturado, para forragem do gado ou para ser colhido como feno. É muito tolerante com a acidez do terreno e mais ambientado a condições de seca e frio do que o trigo, embora não seja tão tolerante com o frio quanto a cevada.
O centeio cultivado é encontrado em pequenas quantidades em uma série de sítios arqueológicos neolíticos da Turquia, como no sítio Can Hasan III, mas de resto é praticamente ausente de registros arqueológicos até a Idade do Bronze da Europa Central, c. 1800-1500 a.C. Algumas fontes apontam os indícios mais antigos do uso doméstico do centeio como sendo encontrados no sítio de Tel Abu Hureyra, no norte da Síria, no vale do Eufrates, datado do fim do Epipaleolítico. Foi inicialmente produzido entre c. 1800-1500 a.C.

Outras fontes apontam que foi cultivado pela primeira vez na Alemanha, e somente a partir do ano de 400 a.C., tendo sido uma das culturas de cereais mais recentemente domesticadas.

Acredita-se que o centeio seja originário de uma espécie selvagem que crescia como erva daninha em campos de trigo e cevada.

Em muitos países, o centeio, assim como a cevada, era considerado como um alimento para os pobres, e à medida que o nível de vida aumentou em diversas civilizações, o consumo de centeio diminuiu. Por outro lado, em algumas culturas como as da Escandinávia e países do Leste Europeu, o centeio continua a ser importante

O centeio foi introduzido no Brasil por imigrantes alemães e polacos no século XIX e, até hoje, o cultivo é realizado em grande parte por descendentes de europeus.

O centeio é uma opção de cultivo de Inverno no Brasil, destacando-se, em relação aos outros cereais de estação fria, pela rusticidade e capacidade de adaptação em condições de ambiente menos favoráveis. O seu cultivo ainda está aquém das potencialidades, as estatísticas oficiais dão conta que ocupa anualmente ao redor de quatro mil hectares. A área ocupada diminuiu nas últimas cinco décadas, provavelmente em razão do subsídio estendido à cultura de trigo, da extinção de moinhos coloniais de centeio, da reduzida pesquisa e da incidência de doenças.

O centeio é uma espécie adaptada a solos pobres, com sistema radicular profundo e agressivo que lhe permite absorver água e nutrientes indisponíveis a outras espécies. Devido a sua rusticidade e grande capacidade de desenvolvimento no inverno, o centeio pode fornecer grãos para alimentação humana e animal, indústria de destilados, fornecer forragem para feno, silagem, pastoreio e palhada para cobertura de solo. Com grande capacidade de produzir forragem verde palatável, o centeio é utilizado no Sul do Brasil em sistemas integrados de manejo, rotação, preservação e produção agropecuária.

Mercado e comercialização

Há uma tendência de concentração do uso de centeio como planta de cobertura ou para pastejo animal. Os grãos são também comercializados para uso em ração animal como substituto eventual do milho. A indústria para panificação utiliza grãos de centeio para produção de pães mistos de trigo com centeio.
A cadeia de produção e utilização de centeio não está organizada, fazendo com que a produção, compra e venda do produto não estejam associadas, configurando um mercado instável e indefinido, o que prejudica tanto os produtores quantos os processadores de farinha e pães.
A legislação brasileira não define qual a porcentagem de farinha ou grãos de centeio que um pão deve ter para ser considerado "Pão de Centeio". Assim, o consumidor não pode ter certeza, salvo se explicitado no rótulo dos produtos, da verdadeira quantidade de centeio que existe em um "pão de centeio".

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